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Entrevista com Heidegger

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annafreudismo

al. Annafreudianismus; esp. annafreudismo; fr. annafreudisme;
ing. Anna-Freudianism
Na história do movimento psicanalítico,
deu-se o nome de annafreudismo, em oposição
ao kleinismo*, a uma corrente representada
pelos diversos partidários de Anna Freud*. Foi
depois do período das Grandes Controvérsias*
— que levou, em 1945, a uma clivagem entre
três tendências no interior da British Psychoanalytical
Society (BPS) — que esse termo se
impôs, para designar uma espécie de classicismo
psicanalítico pós-freudiano, encarnado
pela filha de Sigmund Freud* e que remetia, ao
mesmo tempo, à origem vienense da doutrina
freudiana e a um certo modo de praticar a
análise, privilegiando conceitos como os de eu*
e de mecanismos de defesa*. A divisão entre o
kleinismo* e o annafreudismo, que se superpõe
à divisão entre psicose* e neurose*, passa pela
questão da psicanálise de crianças*. Foi a corrente
kleiniana e pós-kleiniana, com efeito, que
estendeu o tratamento psicanalítico, centrado
na neurose e no complexo de Édipo*, às crianças
pequenas, aos borderlines e à relação arcaica
com a mãe, enquanto os annafreudianos
concebiam o tratamento das psicoses a partir do
das neuroses, introduzindo nele uma dimensão
social e profilática que está ausente da doutrina
kleiniana, a qual só leva em conta a realidade
psíquica* ou o imaginário* do sujeito*.
Tal como o kleinismo e a Ego Psychology*,
da qual se aproxima, a corrente annafreudiana
desenvolveu-se no interior da International
Psychoanalytical Association* (IPA), essencialmente
na Grã-Bretanha* e nos Estados Unidos*,
onde os vienenses emigrados, muito ligados
à família de Freud, esforçaram-se por defendê-
lo, numa espécie de vínculo de identidade
que se somava às vicissitudes do exílio.
O annafreudismo e o kleinismo fazem parte,
tal como o lacanismo* e diversas outras correntes
externas à IPA, do chamado freudismo*,
na medida em que todos se reconhecem, afora
suas divergências, na doutrina fundada por
Freud, e em que se distinguem claramente das
outras escolas de psicoterapia* pela adesão à
psicanálise*, isto é, ao tratamento pela fala,
como único ponto de referência do tratamento
psíquico, e aos conceitos freudianos fundamentais:
o inconsciente*, a sexualidade*, a transferência*,
o recalque* e a pulsão*.
• Anna Freud, O ego e os mecanismos de defesa
(Londres, 1936), Rio de Janeiro, Civilização Brasileira,
1982, 6ª ed. • Joseph Sandler, L’Analyse de défense.
Entretiens avec Anna Freud (N. York, 1985), Paris,
PUF, 1989.
➢ GERAÇÃO; INDEPENDENTES, GRUPO DOS; LACANISMO;
SELF PSYCHOLOGY.